terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Radical

 

“E este João tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.” (Mt. 3.4)

Quero falar hoje com você a respeito da vida de João Batista e no que devemos ser semelhantes a ele. Estamos vivendo um tempo de inversão de valores, corrupção moral, degradação familiar e social como nunca na história.
O homem moderno está perdendo totalmente sua característica, se tornou, como é dito: ”sem afeição natural”(Rm. 1.31). Nunca pensei que o homem pudesse chegar ao estado em que se encontra, capaz de coisas hediondas, atrozes, não só perversas, mas insanas, absurdas, que nos leva a ser uma sociedade muito mais irracional do que racional. Olhe os canais de comunicação, veja a indústria cinematográfica, a literatura, a arte, a cultura em geral, tudo possui o toque da morte, do sarcasmo, da depravação moral, do ocultismo, da profanação do corpo, da luxúria, é impressionante como o mundo mudou assustadoramente de vinte anos para cá!
Está havendo uma transformação completa em todos os valores, e isso para pior! Como se não bastasse tudo isso, a própria Igreja do Deus vivo tem sido contaminada por essas mudanças. Estamos em total apostasia e esfriamento, temos saído dos princípios bíblicos fundamentais estamos caminhando a passos largos para uma completa descaracterização. Tornando-se uma religião superficial e mundana.
Esse foi o mesmo cenário mundial que serviu de pano de fundo aos dias de João Batista. Ele apareceu no meio de um completo caos espiritual e moral, veio para preparar o caminho do Senhor, a vinda do próprio Messias, Jesus. Pregando o batismo do arrependimento, confrontando ousada e destemidamente o pecado do povo e a religião legalista dos fariseus, indo até contra as autoridades – como rei Herodes, expondo com valentia e intrepidez a sujeira de seu reinado. Sozinho ele enfrentou o império das trevas, o império econômico, social, bélico e político daquela época, causando um rebuliço, uma verdadeira arruaça, naquele tempo! E tudo isso para que o ambiente estivesse apto para a aparição do Messias, Jesus Cristo.
Estou fazendo uso de João Batista porque estamos nos dias semelhantes aos dele e, nada menos do que ele fez, será capaz de mudar o cenário atual. Ele era a voz que clamava no deserto preparando o caminho do Senhor, nós – os cristãos – somos essa voz e temos que clamar contra esse sistema corrupto, que está nas igrejas, no meio desse deserto que é o nosso mundo e essa sociedade. João Batista preparou a vinda, nós somos a “voz do que clama no deserto” que vai preparar a volta de Jesus.
Mas como conseguiremos ter o mesmo êxito de João Batista? Como protagonizaremos tão notáveis feitos? A resposta é: Tendo a mesma vida que ele teve. Você notou, nos versículos acima, algumas características de Joao Batista?
1º - Apareceu no deserto da Judéia pregando. 2º - Sua vestimenta era pele de camelo e usava um cinto de couro que sustentava seus lombos. 3º - Sua comida era mel silvestre e gafanhotos. 4º - Sua morada era em cavernas em desertos, ou seja, um homem absolutamente entregue à vontade de Deus.
Irmão, João Batista era radical, é isso que estou tentando te mostrar! Só conseguiremos causar impacto nessa terra, confrontar os poderes diabólicos, enfim, causar um transtorno nessa presente era e nesse império mundano – que creio eu ser muitíssimo pior que nos dias de João Batista – se formos tão radicais quanto ele foi. E é exatamente desse tipo de homens e mulheres que Deus está precisando, que Deus quer usar.
É impossível a você causar tal impacto se sua vida é uma vida dividida, fútil, mesquinha, se tropeca em pobres relacionamentos amorosos, se tem apego a dinheiro, se tem problema com vaidade, conforto, e se ainda pensa em ser um reformador e um profeta dessa envergadura e ao mesmo tempo realizar seus sonhos pessoais aqui na Terra, isso é impossível, isso nunca aconteceu com qualquer homem e nunca irá acontecer! Você precisa ser radical, não digo abandonar tudo, mas abandonar o que Deus está te pedindo.
Vamos meu caro leitor, você está sendo confrontado por essa mensagem, o que você está esperando? O que você tem a perder? Viva para Ele, consagre-se como nunca, renuncie tudo e a todos. Seja radical nas suas decisões, na sua conduta, seja o seu falar – sim, sim e não, não – abomine tudo que é do mundo e toda aparencia do mal, sustente-se apenas da comida que Ele te der, se esconda em alguma caverna e deserto desse mundo até que Ele lhe envie a sua Palavra, como enviou a João Batista! Assim conseguiremos ter êxito, assim mudaremos o cenário, os infernos serão abalados pela expressão espiritual da nossa vida, os poderosos nos temerão como Herodes temia a Joao Batista e as multidões perdidas clamarão por misericórdia e salvação através da virtude que sair dos nossos lábios, chamada “Evangelho de Cristo”.
Há duas maneiras de você ver essa mensagem: a primeira, como um fardo pesado demais para você... a segunda, com alegria e euforia de saber que “você é” nesse presente momento “a voz do que clama no deserto” e que está vivendo nesse instante para preparar a gloriosa vinda do seu  Senhor. Fique com a segunda opção! Venha ninguém que deixa tudo e vive para o Senhor ficará sem recompensa. Há uma glória incalculável que lhe será revelada.

Quem sabe você terá a honra de ter a sua cabeça servida em uma bandeja ! 

Pr. Paulo Junior
 Defesa do Evangelho

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A Coragem de Abrir Mão



Sonhos...
Com o passar do tempo, e com o desenrolar espontâneo da vida, aprendemos a compor meticulosamente os nossos.
Não há nenhum erro em tecer sonhos, doutor Myles Monroe em um de seus livros nos trás uma realidade nem sempre observada: “Sonhe... Você nunca vai além dos seus sonhos”. Uma vida sem sonhos é como um barco dependente exclusivamente do vento, porém sem velas. Os sonhos nos motivam a caminhar, conquistando, e mentalmente elaborando novas etapas.
Porém assim como temos grandes sonhos também temos grandes escolhas, e essas escolhas às vezes nos levam a sacrificar coisas que consideramos fundamentais. E como sempre a nossa primeira e imediata reação e de com todos os argumentos possíveis, defender “o que é nosso”.
Algumas vezes as pessoas nos impõem essa decisão sacrifical, e às vezes ouvimos Deus dizer: “Sai da tua terra, e da tua parentela...”. Cara se imagine no lugar de Abraão que na época ainda era Abrão. Comodidade... Sonhos... Estabilidade... E um dia tudo isso é abalado por uma voz: “Sai”. Confesso que eu no lugar dele no mínimo questionaria muito. Mas pode vir em nossas mentes: “Então Deus quer destruir meus sonhos?”. Claro que não. Nossa mente às vezes natural tem a atitude humana de cronometrar nossa vida. E nos sentimos desestruturados quando algo ameaça a nossa lista de tarefas enquanto humanos. E Deus tem incomodado seu coração e dizendo: “SAIA”. E você como bom ser humano tem resistido, não tem olhado com os olhos da fé que nos faz confiar que Deus tem o melhor, mesmo que na nossa concepção a nossa grama nesse aspecto é mais verde que a de Deus.
A sensação de incomodo e o aperto no coração são indescritível, Deus nos fornece uma promessa, e espera que agarremos nela ao ponto de deixarmos nossos sonhos, apenas confiando que Deus tem o melhor.
Sabemos que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável, de acordo com Romanos 12:1,2 mas esquecemos que uma pouco antes de Paulo descrever a vontade de Deus ele nos dá uma condição, a de que renovemos nossa mente. A vontade de Deus é sim, boa, perfeita, e agradável, mas só para aqueles que têm suas mentes renovadas. Pessoas que confiam e lançando fora suas expectativas, e se esvaziando de si, agarram a essa corda chamada PROMESSA e pulam de seu lugar cômodo.
Quem sabe Deus tem te pedido algo que pra você seja básico, e tem esperado que você lance a mão e se agarre nessa corda, confiando que Ele te dará o melhor, mas você tem fugido e as vezes chorado em seu quarto tentando entender o porque Deus tem te pedido este Isaac.
Sei que essa decisão não é fácil. Nunca ninguém disse que seria fácil. Mas agimos ou deveríamos agir por fé e não por vista. Realmente tomar uma decisão, Jesus em alguns momentos pediu coisas à seus discípulos que a seus olhos não tinha o mínimo de nexo.
Somos discípulos de Jesus, que aprendamos a realmente esse lado de ser um discípulo. ABRIR MÃO. Confiar, deixar que Deus tome a rédeas da situação. Sem parar de sonhar, mas ter a certeza de que nossos sonhos têm que estar sob os sonhos de Deus, Os nossos sonhos que aos nossos olhos são de alto valor. Começamos a ver que os sonhos que Deus tem pra nós são inestimáveis. E que de fato venhamos mergulhar nessa missão de cumprir em primeiro planos os sonhos do nosso Pai.

Ézer Tavares dos Santos
I Igreja Batista em Redenção - PA

Meus Pecados



"De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados". (Lamentações 3:39)

Nesta passagem extraída do belíssimo livro de Lamentações de Jeremias – livro que revela o coração desse notável profeta, e o seus sentimentos para com a nação judaica – nos leva a algo interessante: o pecado traz consequências.
Quando ele pergunta “de que se queixa, pois, o homem vivente?”, os israelitas estavam se queixando do sofrimento que estavam vivendo, das moléstias, derrotas, miséria, consequências do justo juízo de Deus, enfim, males trazidos pela própria mão de Deus. Isso os levava a se queixarem, como se dissessem: por que estou passando isso? Que tempo ruim, que tempo difícil, quanta peste, quanta desgraça, quanta destruição, não aguentamos mais! Entretanto o versículo continua assim: “queixe-se cada um dos seus pecados”. O profeta está ensinando que os sofrimentos foram causados pelos pecados, pela iniquidade dos israelitas, então, ao invés de queixarmo-nos das consequências, Jeremias nos diz para nos queixarmos é do que as trouxe: os pecados.
Mas eu não quero aqui tratar das consequências do pecado e sim do que está no coração de muitos cristãos: a queixa por eles, a insatisfação por tê-los e cometê-los! Quero ilustrar essa passagem com algo assim: se tem algo que eu me incômodo, se tem algo que me fere, que me dói, que é o motivo do meu infortúnio, da minha tristeza... se tem algo que realmente me decepciona, esse algo são os meus pecados.
Quantos cristãos sinceros e idôneos, que tentam viver uma vida santa, pautada nas Escrituras, têm uma vida razoável, muitas vezes até vitoriosa, consistente, feliz, mas, invariavelmente, essa sequência promissora é frustrada quando nos deparamos com nossos pecados, produzindo desânimo, sentimento de culpa, auto-julgamento, incapacidade, decepção... e todos aqueles sonhos que construímos pautados nas Escrituras de sermos cristãos, santos, poderosos, bem sucedidos, desabam na nossa frente por conta de tais pecados, logo vem a nossa queixa: “Oh, esses malditos pecados de novo! Mais uma vez eles estão no meu caminho, que ódio! Por que eles não saem? Por que não os venço?”
Então isso nos deixa loucos, nos faz ficar remoendo em nosso interior e travar uma batalha interna colossal, que envolve nossos sentimentos, mente e até o corpo, ao ponto de quase nos levar à autoflagelação! Ah, malditos pecados! Se pudesse destruí-los, se pudesse estirpá-los cem por cento da minha vida agora, se pudesse dormir e acordar sem vocês, se pudesse não errar, não falhar, não cometer mais nenhum delito e viver o resto da minha vida sem vocês, eu o faria agora!
Davi era um homem que se queixava muito de seus pecados – o livro de Salmos está repleto de suas queixas – uma delas está no Salmo 38.4: “Pois já as minhas iniquidades sobrepassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças”. Outra queixa está no Salmo 51.3: “Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim”.
Irmão, eu quero te mostrar o lado bom de tudo isso. À semelhança de Davi, apenas se queixam dos pecados pessoais os homens retos, íntegros e santos, que possuem o Espírito de Deus – só se queixam dos seus pecados os verdadeiros cristãos! Se você tem se incomodado, entristecido, sentido amargura e repulsa, isso tem o lado bom: é sinal que a graça está sobre você! Que o Espírito Santo está atuando na sua vida! É sinal que o pecado te incomoda demais, o que te faz repugná-lo, ainda que você o cometa!
Na vida do apóstolo Paulo era assim: o mal que ele não queria fazer ele o fazia (Rm. 7.19). Esse mal que Paulo dizia está se referindo aos seus pecados, sendo assim, não devemos ficar desanimados, desistir ou decretar uma sentença a nós mesmos, pois vivemos num corpo de pecado, estamos debaixo da lei do pecado. Até sermos glorificados ele fará parte da nossa essência, porém se alegre, se anime, porque se você tem se queixado dos seus pecados, se eles ainda te incomodam e te entristecem é sinal de que Deus está sobre você, é sinal que você não se submeteu a eles, é sinal que mesmo fraco eles não têm domínio sobre você!

O mal estaria se você não se queixasse e nem se entristecesse, ou mesmo, fosse indiferente a eles. Se erga, se levante e peça ajuda a Deus no combate a eles e não permita que tais deslizes, totalmente perdoados no Calvário, te paralizem. Vamos dizer como Davi: “Purifica-me com hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste”. (Sl. 51.7-8).

Paulo Junior.
Defesa do Evangelho

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Conhecemos a Jesus?


Os trechos de Gênesis 12:1-3 e 13:16 e 17:

"Ora, disse o Senhor a Abrão: sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma benção!"


"Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a sua descendência. Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu te darei."

Assemelhan-se a Mateus 9:35, Filipenses 2:5-11 e Efésios 4:7-10.

"E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermindades."


"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança a homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. 
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho,nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda lingua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai."


"E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens. 
Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões iferiores da terra?
Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas."

  • O que representa pra você o fato de Jesus se desfazer do seu trono de glória por amor a pessoas que até o rejeitam?
  • Em sua opinião, qual a relação entre esse mundo tão brilhante no periodo de natal e a realidade das pessoas para com Jesus?
  • Como seria se essa preocupação pelo brilho, luzes, presentesm ceia e confraternização fossem quebrantamento e submissão ao senhorio de Cristo na vida das pessoas?